“É muito mais facil corromper do que persuadir.”
Socrates (469 AC- 399 AC)
Ser pobre no Brasil é motivo para ser explorado. Primeiro por religiões que prometem expulsar, aos berros, o demônio ou extremo contrário, prometem fortuna aos abençoados por Deus. Em troca pedem apenas o seu dinheiro.
Pobres também são explorados por partidos que em troca de migalhas levam o seu voto. Ao ser questionado sobre quais os planos do partido para a cidade, estado ou país eles dizem com assombrosa simplicidade que não os têm, que o que realmente querem é ganhar a eleição e o resto se ajeita depois. Indagado sobre a honestidade de seus partidarios dizem com indisfarcada clareza que honestidade não tem ,mas são aliados fiéis.
Não é de se estranhar então que nos últimos tempos essas ditas religiões e esses ditos partidos estejam tão próximos, afinal eles vivem de explorar os ignorantes e os miseráveis.
E por isso mesmo não podem acabar com a pobreza e a ignorância dos brasileiros…sob pena de matar a galinha dos ovos de ouro.
Mas será que ninguém enxerga isso? Nossos jornalistas têm a liberdade de ser a favor ou contra o partido que está no poder, como alias é normal nas grandes democracias, e poderiam ser críticos ao atual estado de coisas, que vem de longa data diga-se de agem. Pois será triste o dia que um jornalista não puder escrever o que sua consciência lhe ditar sabendo que seu bolso ou sua liberdade estarao em jogo sempre que sua pena escrever.
É preciso ainda que se diga que os anos que estão vindo exigem novos líderes, os velhos já não servem mais.
Anos atrás abandonamos os barões do café e os gigolôs de vacas. O mundo moderno de então dispensava a visão da fazenda com o caudilho e seus peões.
Veio a indústria com suas máquinas, suas planilhas e sua produtividade.
Agora precisamos nos libertar da visão industrial-financeira com seus capitães de indústria, banqueiros e sindicalistas.
Estamos em plena era da informática, do conhecimento e da formação de redes.
Esses novos tempos lidam com digitalização e informação em alta velocidade, globalização, inteligência e menos hierarquia.
E não vejo em nenhum político brasileiro atual a capacidade de nos guiar por esse novo mundo. E sem esse guia, permaneceremos no mundo velho.