Nas empresas a busca é por pessoas

Opinião

Henrique Pedersini

Henrique Pedersini

Jornalista

Nas empresas a busca é por pessoas

A demanda virou tão urgente quanto a cartela de clientes e o lucro. Não falta coragem e empreendedorismo ao Vale. A capacidade em investir está no DNA. O que freia (mas não impede) algumas iniciativas é a falta de mão de obra e isso quem aponta são os empresários corroborados por associações locais e macro como a Fiergs e Sindilojas. Nas empresas e na internet os anúncios de “há vagas” e “contrata-se” são muitos e reforçam a tese que me parece verdadeira de: só não trabalha quem não quer.

A indústria é um dos setores mais carentes de profissionais qualificados e a informação que circula entre gestores e políticos indica uma remuneração melhor no Vale em comparação com outras partes do estado. A receita para suprir as lacunas das linhas de produção não é simples. As funções com exigência de conhecimento específico também demandam uma busca incessante por trabalhadores.

A responsabilidade por resolver este problema está dentro e fora dos parques fabris. Ao poder público, a missão é equipar as cidades com infraestrutura em saúde, educação e demais serviços. Aos gestores empresariais a missão está em identificar talentos e valorizá-los, enxergar o que buscam os profissionais além de remuneração e batalhar por uma legislação trabalhista mais permissiva.

FOTO: FILIPE FALEIRO/ARQUIVO

Esquentou o debate sobre cotas raciais

O projeto que sugere vagas destinadas exclusivamente para negros, pardos e indígenas nos concursos públicos foi abordado pela primeira vez na câmara de Lajeado na reunião das comissões nesta semana. Proposto por Rosane Cardoso (PT), a matéria tem posicionamentos contrários, o que é normal e não torna racista aqueles que assim se manifestam. Em tempo, falar sobre o tema é extremamente necessário. Dos debates em segundas feitas pela manhã no plenário, o assunto foi para redes sociais com publicações por Jones Fiegenbaum (PT) e Ramatis de Oliveira (PL).

Suplente da bancada do PT, Fiegenbaum repercutiu falas da coordenadora de Recursos Humanos do município, Alessandra Brancher e do colega Ramatis. O integrante da bancada do PL foi ao Instagram e acusou o petista de distorcer sua fala e mentir. Foi além e disse que tomará medidas jurídicas sobre o assunto.

Que o tema renderia polêmicas era certeza, porém é fundamental manter o alto nível das conversas, não misturar ideologia política com o que pensa cada vereador ou servidor. E mais, importante otimizar o trâmite deste e outros projetos, afinal o que a comunidade espera do seu Legislativo é dinamismo, resolutividade e representação nas demandas públicas, não é?

Rapidinho

  • Abrir buraco em rua faz parte, porém faz uma semana que há um expressivo problema no “coração” da área central de Lajeado, no entroncamento das avenidas Senador Alberto Pasqualini e Benjamin Constant, em frente ao Posto Faleiro. E a solução foi acumular cones para alertar os motoristas.
  • Airton Artus (PDT) não cogita licenciar-se do cargo de deputado estadual para abrir espaço ao colega de sigla, José Scorsatto, o atual primeiro suplente por uma cadeira na assembleia. De olho em 2026, o ex-prefeito de Arvorezinha articulava um espaço no parlamento. O aliado dele é o líder do partido, Romildo Bolzan Junior.
  • Na próxima quarta-feira, 4, a prefeita Gláucia Schumacher, reúne-se com os representantes das associações de água de Lajeado. A aproximação é um o inicial no debate sobre um possível aditivo com a Corsan/Aegea e uma compreensão sobre o novo marco do saneamento básico.

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